PARA ALGUNS NUTRICIONISTAS, ALÉM DE NÃO GASTAR MAIS, EM ALGUNS CASOS É POSSÍVEL TER ATÉ MENOS DESPESAS.
O nome é bonito que só: blueberry. Nada contra. Trata-se de uma frutinha bem nutritiva, riquíssima em antioxidante. Rica também em vitamina A, C, D e PP. Rica em quase tudo. O problema é que, de tão rica, a blueberry é feita para quem tem dinheiro. Um quilo do produto pode variar entre R$ 80 e R$ 100. Estrela das dietas atuais, especialmente as da moda, ela dificilmente estará no cardápio de simples mortais.
Olhando assim, a blueberry, também conhecida como mirtilo, parece confirmar um mito: para seguir uma dieta, é preciso gastar mais. Será? Que nada! Aqui mostraremos que é possível, sim, seguir um cardápio de emagrecimento sem onerar o orçamento. Na verdade, dizem nutricionistas, além de não gastar mais, em alguns casos é possível ter até menos despesas.
Não há um levantamento de quanto uma dieta pode aumentar ou diminuir os gastos de uma pessoa. Isso depende, claro, da escolha dos alimentos, mas, na maioria das vezes, o aumento não passa de impressão. “O fato de comprar alimentos que não faziam parte do seu dia a dia dá a impressão de que são caros. Mas, se for colocar na ponta do lápis, é possível que você até economize”, diz a nutricionista Carla Mendonça, preceptora de estágio de Nutrição Clínica do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge).
As próprias características antioxidantes da blueberry, diz Carla, podem ser substituídas por outros produtos de cor roxa, como beringela e jaboticaba. Agora, se você só gosta de comprar produtos para sua dieta em delicatessens, aí complica. A primeira regra para quem quer baratear a alimentação (seja ela de emagrecimento ou não) é pesquisar em feiras livres e promoções. Importante também fazer compras com frequência. “Quando se vai à feira ou ao mercado sempre, se tem alimentos fresquinhos e não se desperdiça nada”, aconselha Sara Viana, nutricionista clínica, funcional e esportiva.
Outra dica é fazer uma lista de compras e ir ao mercado sem estar com fome. “Quando se vai ao mercado sem um objetivo, acaba comprando mais”, acredita. No início da dieta que começou a fazer em outubro, a fisioterapeuta Mariana Lima, 33, sentiu que estava gastando mais. Foi só planejar melhor as compras. “Faço minha feira semanal, em grande parte de frutas e verduras, em uma feirinha do condomínio. Além do valor ser mais em conta, a praticidade e a qualidade dos produtos são melhores”, explicou.
Outra coisa: quem disse que os produtos que você já utiliza não podem ser estrelas da sua dieta? Além de naturalmente nutritivos, alimentos populares podem ser reinventados. “Na alimentação brasileira, existem alimentos populares com excelentes valores nutricionais. A gente costuma dizer que o arroz e o feijão são a dupla que deve estar em qualquer dieta”, afirma Carla.
O próprio arroz, visto atualmente como um carboidrato não muito rico, pode virar um protagonista da nutrição. Em vez de cair no integral, mais caro, é possível usar o arroz parboilizado, ou até o comum, de forma mais nutritiva. “Fala-se que o arroz é um carboidrato pobre. Isso não está completamente errado. Mas a gente pode adequar a quantidade e, principalmente, a qualidade. Acrescente linhaça, farelo de aveia ou vegetais e você terá um arroz nutritivo”, garante Carla Mendonça.
Marmita
Gosta de comer fora e fazer lanches na rua? Então, não reclame de que gasta muito. Se você cumprir seu programa levando alimentos de casa, não tenha dúvida de que isso pode baratear sua dieta. “Leve sua marmita para o trabalho e escola. Assim além de economizar, você não tem desculpas para não seguir corretamente seu plano alimentar.”
Em uma dieta, até mesmo os ingredientes dos alimentos podem tornar a alimentação mais barata. “Um grande exemplo é o feijão. Quando não está em dieta, a pessoa enche o feijão de carne. Quer algo mais caro do que carne?”, pergunta Carla.
Fonte: Correio 24 Horas