Por: Erika Christina Carvalho dos Santos  - Nutricionista e aluna do curso de Pós-graduação em Fitoterapia da EADPLUS.

ASPECTOS RELACIONADOS À MANUTENÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO DE DOENÇAS POR CRITÉRIOS NUTRICIONAIS E ESTILO DE VIDA SAUDÁVEIS.

Nos dias atuais, nos deparamos com fatores que determinam nossas escolhas. O tempo é um deles, por isso devemos saber gerenciá-lo muito bem, pois sob a desculpa de não termos tempo, deixamos de fazer muitas coisas que verdadeiramente importam e fazem uma grande diferença em nossas vidas, como por exemplo, adotarmos hábitos saudáveis de alimentação, fazer exercícios físicos, dormir bem, entre outros.

O mundo vive um grande dilema associado à conquista da Saúde, contudo vamos refletir um pouco sobre este assunto e entender a relação sobre a busca pela saúde e os fatores que norteiam essa relação.

Hipócrates em seu conceito revolucionário, quando criou a frase “Que o alimento seja o teu remédio e o teu remédio seja teu alimento”. Propriamente, das sombras do passado à mais atual realidade, ainda prevalece esse conceito fidedigno e imprescindível para os dias de hoje.  A despeito dessa afirmação vamos pensar:

“Será que estamos trilhando o caminho certo e buscando o melhor para o nosso corpo e mente? E a população almeja saúde, bem estar ou somente prazer quando da escolha de alimentos? Há relação entre estes fatores e o estilo de vida?”

Refletir sobre estes fatores assegura a compreensão da importância dos procedimentos para o alcance da mais plena saúde.

O estilo de vida vai além de um simples “viver” e começa trilhando características comportamentais que envolvem o ser humano.  Este, por sua vez, necessita de um objetivo maior para assim conquistá-lo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como sendo “O completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de enfermidade”. Tal conceito enfatiza a importância da relação da qualidade de vida e saúde de um indivíduo levando-se em consideração o seu estilo de vida.

Sendo assim, o homem atual não pode ser estudado sem que sejam avaliadas às diversas implicações que o seu mundo dito “moderno’ tem lhe trazido como consequência do estresse e da agitação. São notáveis o aparecimento e crescimento de doenças crônicas não degenerativas em função das condições de vida e hábitos alimentares inadequados.

A contar da época da pré-história, onde o homem passou por períodos de descobertas a partir da inevitabilidade da existência humana, surgiu a necessidade da caça para o seu sustento. O homem passou a depender daquilo que a natureza lhe oferecia. A espécie humana passou, então, por um lento processo de transformação física e intelectual e dentro de todo esse processo, houve diversas adaptações onde o alimento era o foco da sua sobrevivência.

A pesca, a fabricação de instrumentos, o ato de caçar, o domínio do fogo e até mesmo a descoberta dos frutos e raízes provenientes da natureza fizeram parte das escolhas já percebidas pelo homem. A necessidade gerada pelas condições de sobrevivência proporcionou ao homem as conquistas alcançadas e consequentemente sua evolução.

Para Hamilton, McIlveen e Strugnell (2000), a definição de um conjunto de decisões conscientes e inconscientes tomadas por uma pessoa no momento da compra, no momento do consumo ou em algum momento entre os dois, descreve o termo escolha alimentar (food choice). As escolhas são, por sua vez, determinadas por influências cujo aspecto é fornecer meios para intervir e aprimorar as preferências dos tipos de alimentos pelas pessoas.

Para tal, vamos considerar que nossas escolhas baseadas em hábitos saudáveis, do ponto de vista nutricional e estilo de vida além de mudanças comportamentais, representam um papel importante para que possamos alcançar um conjunto essencial para preservação da vida e a manutenção da nossa saúde.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Conceitos de Saúde, registros oficiais. Brasília, 1948.

Hamilton, J., McIlveen, H., & Strugnell, C. Educating young consumers – A food choice model. Journal of Consumer Studies & Home Economics, 24(2), 113-123. (2000).