Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, o mundo está vivenciando uma transição demográfica advinda das melhoras nas condições de higiene e saúde, o que contribuiu para o surgimento e prevalência das doenças neurodegenerativas, entre elas as demências senis, a doença de Alzheimer e Parkinson.
Por outro lado, a alimentação tem um papel importante na melhora da cognição e na diminuição no risco de desenvolver alguma doença neurodegenerativa. A associação entre adesão à alimentação mediterrânica M) e a Dietary Approaches to stop Hipertension (DASH), é um exemplo benéfico de padrão alimentar na saúde. Uma alimentação com mais frutas, verduras, alimentos integrais, azeite de oliva, maior ingestão de peixes, menor ingestão de carnes vermelhas e menos alimentos industrializados e refinados e de preferência uma alimentação orgânica, é bem importante, já que pesticidas também podem aumentar o risco de doenças neurodegenerativas.
Além de manter um padrão alimentar saudável, podemos pensar em alguns alimentos em específico, os quais já foram estudados em pesquisas em humanos e que foram associados com a melhora de algum aspecto da cognição, são eles: Vegetais verdes, açafrão-da-terra, curcumina, frutas em geral, ovos, chocolate amargo, peixes, castanha-do-Brasil e chá verde.
A suplementação nutricional na promoção da saúde:
Omega-3 e seus benefícios: Tem ação anti-inflamatória, renova as células nervosas, ajuda na neuroproteção e sinalização neuronal;
Coenzima Q10 e seu efeito neuroprotetor: Os níveis de Q10 diminuem com o avanço da idade. A sua administração tem efeitos comprovados na atenuação do estresse oxidativo.
Creatina e seu potencial na função cerebral: Estudos recentes tem mostrado cada vez mais seu poder relacionado a melhora da função cerebral cognitiva em pacientes saudáveis, além da função regenerativa de comorbidades neurodegenerativas.
Vitamina D e seu auxílio no sistema nervoso central: A vitamina D engloba um grupo de pró-hormônios lipossolúveis, que pode ser obtido pelo corpo através da pele em exposição a luz solar e através da absorção intestinal. A deficiência de vitamina D, foi associada com maior diminuição do volume cerebral e maior níveis de inflamação crônica no sistema nervoso central.
Alguns antioxidantes também estão envolvidos na proteção neural, como a vitamina C, E selênio, ácido fólico e vitaminas do complexo B.
E atenção aos excessos, pois ingestão inadequada de zinco, ferro e cobre e o fator genético aumentam o risco de Alzheimer.
Hábitos saudáveis e prevenção
Reconhece-se a importância da prevenção, que passa inevitavelmente pela promoção de hábitos saudáveis ao longo da vida, sendo que neste sentido a alimentação e o exercício físico constituem os pilares fundamentais. A redução dos níveis inflamatórios, constitui uma chave do problema, principalmente no que diz respeito à demência, mas também na génese das doenças cardiovasculares.
Em conclusão, reconhece-se que o benefício reside na prática de uma alimentação saudável, garantindo as doses diárias recomendadas, dos macro e micronutrimentos, com particular relevância naqueles que já evidenciaram um benefício na saúde do idoso.
FONTE: https://blog.dietbox.me/suplementacao-nutricional-nas-doencas-neurodegenerativas/