Nutricionista alerta para erros comuns de quem pratica esportes por profissão ou apenas em finais de semana.
Por Kelly Martins
Praticar atividade física promove benefícios à saúde e ajuda a melhorar a qualidade de vida. Por outro lado, pode provocar maior gasto calórico, gerado pelo esforço, caso não seja feita de forma adequada e com equilíbrio. Por isso, a alimentação é importante para o melhor desempenho de atletas e também de quem pratica exercícios esporadicamente, de acordo com a composição corporal e gasto enérgico. É aí que a nutrição esportiva desenvolve papel fundamental para bons resultados, como observa a nutricionista Juliana Prado Moreira. “A busca por essa nova especialidade cresce a cada dia nas clínicas e contribui de forma direta na performance do esportista”, diz.
Juliana explica que a diferença de um nutricionista esportivo, em comparação com as outras especialidades, é a responsabilidade em elaborar o plano alimentar, conforme o tipo de exercícios, intensidade e objetivos. A “missão” é equilibrar a alimentação visando os melhores resultados sem prejuízos à saúde. Além disso, promover a modulação do sistema inflamatório (diminuir a dor); reduzir o estresse oxidativo (com antioxidantes, alimentos ou suplementos); ativar o sistema energético (diminuir as câimbras); corrigir a disbiose (alteração do intestino); ativar o processo de detoxificação (eliminar toxinas) e ainda auxiliar na interação do corpo e da mente.
“Contudo, antes da elaboração do plano alimentar o paciente deve passar por avaliação nutricional e bioquímica, sempre levando em consideração a modalidade esportiva para poder definir conduta individualizada”, ponderou a nutricionista, que trabalha na área há 10 anos, em Três Lagoas, atendendo pacientes na clínica Gastrocor, e que atualmente se especializa em nutrição esportiva. No consultório, a busca por este tipo de acompanhamento é feito por diversos tipos de pessoas e até as que ainda se classificam como sedentárias. A profissional ressalta que qualquer pessoa pode se beneficiar com os resultados. “Há quatro tipos de pessoas que procuram a consulta com o nutricionista esportivo: sedentários (pois querem melhorar a qualidade de vida), praticantes de atividades físicas (frequentadores de academia), esportistas (praticam exercícios, competem, mas não vivem disso) e atletas”, frisa.
Mesmo com o acompanhamento, há necessidade de suplementos alimentares?
Juliana – Depende do tempo de treino, da modalidade esportiva, dos objetivos, da avaliação bioquímica, composição corporal e da dieta. Pois o excesso de suplementos pode piorar os desequilíbrios nutricionais, por exemplo: pode-se aumentar o percentual de gordura, a retenção de líquidos, alterar batimentos cardíacos e função renal. Contudo, pelos riscos à saúde, os suplementos alimentares só podem ser prescritos por nutricionistas e médicos.
O que comer, então, no pré-treino?
Depende dos gostos e do treino que ser pretende fazer. Mas, em geral, tem que ter uma porção de carboidratos para dar energia durante toda a execução do exercício físico. Exemplo: batata doce, arroz integral, farelo de aveia, mandioca, milho, pão integral. Associar-se com gordura de fonte boa (abacate, azeite extravirgem, óleo de coco) é melhor para fornecer energia por mais tempo.
E a alimentação depois de treinos, como deve ser?
Também depende do objetivo desejado e do treino. No geral, uma fonte de proteína, como ovo, frango sem pele, atum, sardinha ou peixe. As quantidades de proteínas e carboidratos devem ser calculadas pelo nutricionista para obter os resultados desejados.
Algumas receitas práticas e saudáveis contribuem para o melhor desenvolvimento do metabolismo. A nutricionista dá uma boa dica de como se alimentar antes de praticar atividade
Fonte: JpNews