Conheça as 6 principais tendências da medicina nuclear diagnósticas para o futuro

Podemos definir a medicina nuclear como a atividade médica que utiliza a administração de elementos radioativos para que as áreas internas do corpo possam ser visualizadas. Assim, os médicos podem fazer diagnósticos mais completos e garantir que os tratamentos mais adequados sejam prestados aos pacientes.

Trata-se de uma área que está em constante expansão e é cada vez mais utilizada nos hospitais, nas clínicas e nos consultórios médicos e odontológicos. Por isso, é importante que os gestores desses estabelecimentos fiquem atentos às novidades do setor.

Neste artigo, apresentaremos as 6 principais tendências da medicina nuclear diagnóstica para o futuro. Ficou interessado? Então, continue a leitura e quais são elas!

 

 

1. Expansão da cobertura radiofarmacêutica

 

Conforme as tecnologias de imagem nuclear evoluem, também avança o papel dos medicamentos utilizados nos processos de medicina nuclear, os chamados radiofármacos.

 

Nos Estados Unidos, por exemplo, a Society of Nuclear Medicine and Molecular Imaging (SNMMI), está realizando um trabalho árduo para que mais componentes radioativos utilizados na medicina nuclear sejam incluídos na lista de medicamentos pagos pelos planos de saúde.

 

A ideia é que isso possa tornar esses exames mais baratos para os pacientes, popularizando-os ainda mais e os tornando mais comuns para todos as pessoas, melhorando a saúde da população em geral.

 

2. Avanços em pesquisa

 

As pesquisas relacionadas à medicina nuclear não param de acontecer. Os estudiosos da área estão sempre desenvolvendo novas técnicas, criando novos medicamentos radiofármacos e realizando experimentos para tornar a tecnologia ainda mais eficiente para melhorar a saúde dos pacientes.

 

Vários estudos clínicos também estão explorando o uso da medicina nuclear para novos propósitos. Exemplo disso pode ser visto em um artigo científico publicado pela Science Translational Medicine.

 

A publicação mostra como a medicina nuclear pode tornar a terapia para pacientes com câncer de pulmão mais eficaz. Em um estudo em desenvolvimento, os radiofármacos são utilizados para rastrear os tumores, verificando mutações específicas.

 

A ideia é que se possa observar quais são os pontos mais resistentes dos tumores e utilizar doses mais fortes dos medicamentos terapêuticos naquela região. Assim, os efeitos da mutação são neutralizados e as chances de cura aumentam.

 

 

 

 

 

 

 

 

3. Métodos híbridos

 

Os métodos híbridos são aqueles que permitem a combinação da medicina nuclear com outros tipos de exame de imagem, como a radiografia e a tomografia computadorizada.

 

O objetivo disso é fazer com que as imagens possam ser sobrepostas ou comparadas, dando uma visão mais ampla dos órgãos ou das partes internas do paciente. Estudos já estão sendo desenvolvidos nesse sentido, para que mais resultados positivos sejam encontrados nos tratamentos de diversos tipos de patologia.

 

A maior parte dos profissionais já utiliza os sistemas de emissão de pósitrons, por exemplo, conhecida como PET-CT. Esse método de tomografia faz associações da radiologia com a medicina nuclear.

 

Também há a ressonância magnética com a emissão de pósitrons, conhecida pela sigla PET-RM. Essa metodologia ainda não está em uso, uma vez que ainda está sendo providenciada a sua documentação clínica.

 

É bem provável que, nos próximos anos, esse método híbrido também esteja disponível para diagnosticar pacientes com maior precisão.

 

4. Machine learning e inteligência artificial

 

A inteligência artificial e o machine learning também são tendências para melhorar a medicina nuclear para os próximos anos. Os resultados dos exames de imagem realizados pelos pacientes, por exemplo, podem ficar em um banco de dados.

 

O cruzamento das informações dos laudos e os detalhes das imagens de cada paciente é realizado pelos aplicativos de inteligência artificial. Assim, semelhanças são agrupadas e observadas, por exemplo.

 

O machine learning — ou seja, a habilidade que as máquinas têm de aprender por meio de associações — utiliza esses dados. Assim sendo, o trabalho feito pelos radiologistas será facilitado.

 

Isso acontece porque, quando um novo exame for realizado, os computadores poderão fazer uma leitura inicial do que é encontrado, com base nas informações registradas de outros pacientes e encontradas em comum.

 

De tal maneira, o trabalho dos radiologistas será otimizado, uma vez que eles necessitarão fazer apenas a revisão final, verificando se tudo está correto e analisando pontos que possam ter passado despercebidos pela inteligência artificial.

 

5. Integração de sistemas

 

Os sistemas de gestão de imagens utilizados pelos hospitais já são utilizados em grande parte dos estabelecimentos de saúde. No entanto, ainda não é possível integrar a maioria deles — e isso impede que os dados sejam compartilhados, por exemplo.

 

Uma evolução será o desenvolvimento de sistemas que conversem entre si. Dessa forma, se um paciente for atendido inicialmente em um hospital que utiliza um programa e depois ser transferido para outro, as informações poderão ser compartilhadas.

 

6. Novos treinamentos para médicos e radiologistas

 

Um estudo publicado no The Journal of Nuclear Medicine analisa a situação da medicina nuclear nos Estados Unidos. A publicação explica que o uso desse método cresceu muito nos últimos anos, por conta dos avanços da tecnologia, da inclusão de imagens híbridas e da introdução de novos radiofármacos para o diagnóstico e a terapia dos pacientes.

 

No entanto, os médicos nucleares e radiologistas necessitam de mais treinamento para saber como lidar com essas tecnologias e, assim, ter mais sucesso ao utilizar as práticas da medicina nuclear. De acordo com o estudo, novos modelos educacionais estão sendo desenvolvidos para garantir que os profissionais sejam preparados da forma adequada.

 

Os pesquisadores apuraram que, desde 2000, é preciso que os médicos radiologistas e outros profissionais da área façam uma manutenção da certificação para trabalhar com a medicina nuclear.

 

Tal manutenção avalia quatro componentes: a posição profissional, o conhecimento cognitivo, o aprendizado e a autoavaliação. Assim, os médicos nucleares e radiologistas precisam sempre renovar os seus conhecimentos, para saber como lidar com as novas tecnologias e desenvolver as melhores práticas com os pacientes.

 

Essas são algumas das principais tendências da medicina nuclear diagnóstica para o futuro. Aprofundar-se nesse assunto é interessante, para que você possa sempre estar bem informado sobre as novidades da área e se destacar em seu ramo de atuação.

 

 

FONTE: https://blog.radcare.com.br/medicina-nuclear/