Estudos mostram que cuidados fornecidos em casa reduzem complicações decorrentes de longas internações hospitalares e elevam o grau de humanização.
Com 600 mil novos casos no Brasil por ano entre 2018-2019, o câncer figura como uma das principais causas de morte no mundo. Entre os mais incidentes, destaca-se o câncer de pulmão, segundo tumor mais diagnosticado entre homens, e o quarto, entre as mulheres. Enquanto medicações ou cirurgias para tratar a doença são fundamentais para os pacientes oncológicos, o cuidado paliativo também exerce função essencial. É nesse cenário que os cuidadores se destacam, pois são responsáveis pelos cuidados diários com estes pacientes.
Segundo a OMS, cuidados paliativos são os serviços prestados aos portadores de doenças malignas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, assim como prevenir e diminuir problemas físicos e psicológicos. Esses serviços podem ser recebidos em diversos ambientes, porém, uma prática muito comum é o atendimento em domicílio. Neste caso, a maioria dos pacientes recebe apoio de familiares, vizinhos e amigos, e são esses que os acompanham durante o tratamento.
O papel do cuidador é fundamental, pois é ele quem oferecerá o suporte, tanto físico quanto emocional, que o paciente necessita durante esse período delicado.
De acordo com o INCA, o Brasil terá cerca de 30 mil novos casos de câncer de pulmão por ano em 2018 e 2019 e para gerar conscientização sobre o tema, foi criado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão, hoje, 1º de agosto. Apesar do tabagismo ser responsável por 85% dos diagnósticos, existem subtipos pouco conhecidos desse tumor causados por mutações genéticas. “O câncer de pulmão é dividido em pequenas células (CPPC) e não pequenas células (CPNPC). Entre os CPNPC, existe um subtipo mais comum em não-fumantes, causado por mutações no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR)”, explica Dra. Maria Cristina Figueroa. O diagnóstico desse subtipo de câncer de pulmão é feito por meio de testagens específicas. “A terapia-alvo é o tratamento mais indicado para o câncer de pulmão decorrente de mutação no EGFR.”
Em 2018, a terapia-alvo afatinibe foi incorporada no Rol de Procedimentos da ANS para pacientes com plano de saúde diagnosticados com o adenocarcinoma com mutação no EGFR. A eficácia desse tratamento foi comprovada pelo estudo clínico LUX-Lung 7, que mostrou que os pacientes tratados com afatinibe apresentaram mais que o dobro da probabilidade de sobrevida e ausência de progressão da doença em dois anos que os tratados com outro medicamento de geração anterior.
Estudos como LUX-Lung 7 confirmam que com o avanço das soluções terapêuticas é possível aumentar o tempo sem progressão da doença. Aliado ao tratamento medicamentoso temos os cuidados paliativos e atendimento domiciliar feito pelos cuidadores. Ambos têm papel fundamental na rotina diária e no suporte emocional dado ao paciente.
FONTE – Boehringer Ingelheim (www.boehringer-ingelheim.com.br)