Orgulho Farmacêutico: profissão vive processo de aperfeiçoamento

Não são médicos, mas são igualmente chamados de doutores. E não é à toa.

“O farmacêutico é o responsável técnico pela farmácia. Ele que verifica a atualização de normas, leis e, principalmente, orienta o cliente com relação ao consumo de medicamentos, a fim de evitar a automedicação. Ele facilita e organiza o tratamento da pessoa”, afirma o gestor da área farmacêutica, marketing e treinamento da rede de farmácias Farma Ponte, o farmacêutico Ricardo Silveira Leite, de 39 anos. “O farmacêutico é aquele que cuida de todas as gerações, da avó, da mãe, do neto. Nós auxiliamos e orientamos às pessoas nas diversas formas de tratamento. Não vendemos só medicamentos”, explica a farmacêutica Daniela Regina Silveira Depman, de 37 anos, responsável pela coordenação de farmacêuticos na rede de farmácias Farmamed.

Daniela atua no mercado há 15 anos. É formada desde 2002, enquanto Ricardo se formou em 1999. Ambos têm uma responsabilidade grande: cuidar da rotina das lojas e dos farmacêuticos, que cuidarão das pessoas que procuram pelos serviços da drogaria. Segundo Ricardo, a valorização desse profissional mudou o contexto do farmacêutico na comunidade. Não é mais visto apenas como um dispensador de medicamentos, faz muito mais que isso. Com leis específicas da área, o Brasil passou a ocupar um espaço singular nesse segmento ao lado de países da Europa e também dos EUA. “O farmacêutico hoje pode ter orgulho da profissão, pois ele é fundamental para que as pessoas tenham acesso aos medicamentos e à forma correta de usá-los”, destaca Ricardo.

Aferição de pressão arterial, glicemia e administração do uso dos medicamentos fazem parte hoje de um rol de tarefas exclusivas do farmacêutico. “Hoje, não se pode mais ter nenhuma farmácia ou drogaria sem a presença de um farmacêutico”, diz Daniela. Conhecer princípios ativos, laboratórios, apresentação dos medicamentos ajuda o profissional de farmácia a orientar adequadamente o paciente. Especialização é fundamental. Para o farmacêutico que se prepara para o mercado de trabalho, não há dificuldade em arranjar uma vaga. De acordo com Ricardo, o segmento cada vez mais vem crescendo em número de lojas e de serviços prestados à comunidade.

“O farmacêutico é o diferencial na drogaria”, destaca Daniela. E é importante mesmo, especialmente quando a missão é ler uma receita médica. Segundo Daniela, pouco mais de 10% dos médicos têm emitido receitas pelo computador. “A maioria ainda escreve a receita a mão”, diz. Isso dificulta o trabalho do farmacêutico, embora não seja fator impeditivo para a venda do medicamento. O profissional conhece os fármacos, conversa com o paciente e fica sabendo o que ele tem e o que precisa, assim, a missão de decifrar “enigmas receituários” torna-se menos complicado.

Fonte: Jornal Cruzeiro