Você já leu ou já ouviu falar do Novo Guia Alimentar para a População Brasileira? Eles traz conceitos e recomendações de uma alimentação saudável.
Você já leu ou já ouviu falar do Novo Guia Alimentar para a População Brasileira? Antes de tudo, vamos começar falando o que é um guia e qual seu principal objetivo. Na sequência, poderemos estabelecer os limites entre seguir estritamente o guia, muito difícil nos dias de hoje, ou utiliza-lo exatamente como o nome sugere, um guia, um normatizador de princípios e uma referência na escolha dos alimentos. No entanto, a vida corrida e os poucos momentos de descanso pedem, muitas vezes, o prazer do comer sem culpa, a praticidade do alimento pre preparado, a facilidade do cozinhar, tudo dentro da realidade do nosso dia a dia, mas realmente, focando na saudabilidade.
Qual é a definição do Guia?
O Guia Alimentar é um documento oficial, lançado pelo Ministério da Saúde, que borda os conceitos e recomendações de uma alimentação saudável para a população brasileira. Sendo assim, um instrumento para a educação nutricional e alimentar no Sistema Único de Saúde (SUS) e, possivelmente, em outros setores também.
O principal objetivo do guia é promover a saúde das famílias, pessoas, da sociedade brasileira, por meio de um conjunto de informações e recomendações sobre alimentação. Sabe-se atualmente que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são um dos maiores problemas de saúde pública.
Dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que visa obter em cada uma das capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal com amostras probabilísticas da população de adultos, mostrou que aproximadamente 17% dos brasileiros são obesos e 52,3% estão sobrepeso.
O Guia Alimentar também enfoca na prevenção de enfermidades, como as DCNT, por meio de recomendações para promover a saúde e a boa alimentação.
Como ele é dividido?
O guia é dividido em 5 capítulos, para facilitar a compreensão e leitura. Cada capítulo aborda um tema, todos relacionados à prática de uma alimentação saudável. Por exemplo, o capítulo 1 fala sobre os princípios que nortearam sua elaboração, já o capítulo 4, traz orientações sobre o ato de comer e fatores que influenciam o aproveitamento dos alimentos.
Ele também aborda recomendações sobre escolhas de alimentos, qual tipo escolher, informações de como preparar as refeições e incentiva a prática de cozinhar. Além disso, mostra sugestões para enfrentar os obstáculos diários para manter uma alimentação mais saudável.
Este novo guia substitui sua versão antiga, que diferente dela, não trabalha com porções recomendadas. Ele ressalta a importância de uma alimentação baseada em alimentos in natura/frescos (como frutas e legumes) e minimamente processados (farinha de mandioca). E recomenda a diminuição dos alimentos processados (sardinha enlatada) e evitar os ultraprocessados (como macarrão instantâneo).
É possível entender melhor a definição destes alimentos:
Os óleos, gorduras, sal e açúcar são produtos extraídos de alimentos in natura por processos, como prensagem. São ingredientes culinários utilizados para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações. Porém, o guia ressalta a utilização de forma moderada destes ingredientes.
O Guia é finalizado com todas suas recomendações descritas de forma sintetizadas com o tema: “Dez passos para uma alimentação adequada e saudável”. Além disso, é um documento muito importante para se conhecer informações sobre uma alimentação acessível e saudável. Uma leitura muito produtiva para sanar dúvidas e conhecer melhor os alimentos.
Os 10 passos para uma alimentação adequada e saudável
- Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
- Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
- Limitar o consumo de alimentos processados;
- Evitar o consumo de alimentos ultra processados;
- Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;
- Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
- Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
- Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
- Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora;
- Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
Os profissionais de saúde, médicos e nutricionistas podem e devem orientar no sentido de uma alimentação baseada em escolhas saudáveis. Muito mais que simplesmente uma alimentação saudável o estilo de vida escolhido deve ser incorporado de ampla pratica de atividade física, desde o simples caminhar, passando pela pratica de exercícios mais direcionados e esportes, até o apoio de profissionais capacitados em educação física.
Por fim, o bom senso deve imperar, os radicalismos das dietas sem rigor científico e o guia alimentar estão nos opostos do certo e do incorreto. Direcione a sua vida no sentido das escolhas corretas, reduza o seu stress e monte o seu cardápio de vida.
Fonte: Veja