O excesso desse produto prejudica o coração — e não adianta botar a culpa só na cafeína.
Na base do exército americano onde trabalha, a farmacêutica Emily Fletcher notou que boa parte dos militares consome energéticos com frequência. De olho nisso, resolveu analisar o impacto da ingestão excessiva dessa bebida no coração.
E mais: verificar se a altíssima concentração de cafeína era a única responsável por eventuais problemas.
E mais: verificar se a altíssima concentração de cafeína era a única responsável por eventuais problemas.
Em seguida, os voluntários passaram por um eletrocardiograma e tiveram a pressão arterial avaliada uma, duas, quatro, seis e 24 horas depois de engolirem suas respectivas doses.
Não deu outra: a pressão de todo mundo subiu, mesmo permanecendo no padrão considerado seguro.
No entanto, quem ingeriu o energético apresentou um intervalo QT (tempo que o coração leva para realizar os batimentos) 10 milissegundos mais alto em comparação a outra turma.
E daí? Essa diferença aumenta o risco de arritmia, por exemplo. O tempo necessário para o organismo se recuperar também foi maior no primeiro grupo.
Na opinião de Emily e sua equipe, o resultado da experiência mostra que outros componentes da bebida — substâncias energizantes e estimulantes como o guaraná e o ginseng — demandam maior atenção, sobretudo entre quem tem doenças cardiovasculares.
A especialista ressalta que novos trabalhos precisam ser feitos, com um número maior de participantes, para confirmar essa relação.
Entretanto, as evidências até o momento deixam claro que as latinhas de energético (com tudo o que carregam) devem ser incorporadas com bastante moderação no dia a dia.
Fonte: Exame.com