Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nessas dezenas de países foi detectada a presença do Aedes aegypti, o que leva ao risco da doença.
O zika vírus já chegou a mais de 80 países e é provável que ele continue se espalhando geograficamente para onde existirem vetores da doença, como o mosquito Aedes aegypti. O alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que revelou em relatório divulgado na sexta-feira, dia 10 de março, que 64 nações e territórios estão “em risco” de teren surtos da infecção por conta da presença do inseto dentro de suas fronteiras.
A lista de países onde a patologia pode vir a se proliferar inclui nações como Rússia, Turquia, Índia, Arábia Saudita, Mianmar, Moçambique, Malauí, Mali, Austrália, China, Egito, Paquistão e África do Sul.
Para Monika Gehner, oficial técnica da OMS, o novo documento ajudará a agência “porque agora podemos avaliar os riscos de maneira mais precisa”. “Mesmo que você não tenha registrado a transmissão do zika vírus, se você tiver o mosquito Aedes aegypti, você está em risco”, diz a esécialista em coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, após a divulgação do relatório.
A técnica da OMS explica ainda que “um viajante que é infectado pelo zika pode ir a uma área de um país onde já há mosquitos estabelecidos ali”. Os insetos podem, então, transmitir o vírus do estrangeiro para outras pessoas, criando um ciclo de transmissão, completa Monika Gehner.
A OMS esclarece que objetivo do levantamento não é causar alarme. O documento é um apelo a governos para que empreendam mais esforços de prevenção contra o zika. O vírus foi associada a um aumento no número de casos de malformações congênitas e outras complicações neurológicas.
Fonte: Revista Encontro