O Google lançou nesta segunda-feira (6) uma iniciativa em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, para tornar as buscas dos internautas por interpretações médicas mais precisas e confiáveis.
A nova busca, que só aparece na versão mobile, agora prioriza resultados atualizados e chancelados por profissionais, para evitar o acesso a sites que propagam informações pouco precisas sobre medicina.
Segundo Alessandro Germano, da área de parcerias do Google, uma em cada cinco buscas na ferramenta são relacionadas à saúde, então havia uma necessidade da empresa de “tornar os resultados mais saudáveis”.
Então, agora quando fazemos uma busca relacionada à área de saúde, em vez de dez links, aparecem informações validadas e organizadas por tema, num layout diferenciado.
Ou seja, quando se busca “dor no joelho” aparecem condições associadas, tratamentos e orientações, inclusive autotratamentos como “colocar gelo”.
A mudança usa a chamada mineração de dados para fazer um painel de informações sobre sintomas e gerar um mapa, bem mais preciso que a busca comum.
O internauta pode inclusive baixar um PDF daquele documento e levá-los ao médico.
Segundo Sidney Klajner, presidente do hospital, o aprimoramento da busca do Google serve para direcionar o paciente a procurar o atendimento correto, evitar a automedicação e a propagação de informações erradas.
Por enquanto, existe cerca de 400 temas e 150 a 200 sintomas cadastrados, que correspondem às principais buscas feitas pelos internautas.
Mas buscas complexas, que somem sintomas, são limitadas. “Quando somamos sintomas, aumentamos a complexidade do diagnóstico”, explica Klajner. Nestes casos, um parecer médico é fundamental.
De acordo com Germano, buscas pontuais impulsionadas por surtos ou epidemia, como já aconteceu com zika, febre amarela, gripe e chikungunya, serão atualizadas dentro de dias, privilegiando informações oficiais e orientações do governo.
O Brasil é o segundo país do mundo a usar a nova ferramenta, depois dos EUA.
Fonte: Uol Tecnologia