Valorização e proteção de nossa flora medicinal diante do extrativismo predatório e da pirataria de nossos recursos naturais.
O Brasil é o pais com a maior biodiversidade mundial rica em inúmeras espécies de plantas medicinais, desde os primórdios da conização de nossas terras, já ocupadas e habitadas pelos nossos ancestrais, diversas nações indígenas, a carta de Pero Vaz de Caminha já descrevia à Corôa Portuguesa, as riquezas de nossa fauna e flora abundante e rica em suas espécies nativas.
A partir daí, iniciou-se uma maior valorização e interesse comercial e extrativista, embora associados ao uso tradicional pelos povos indígenas aqui pré-existentes desde o período da colonização. Diante do decorrer da colonização e contato com os nossos ancestrais, os primeiros colonos aprenderam a utilizar e a cultivar diversas espécies de plantas medicinais e condimentares nativas, levando para o velho mundo tais conhecimentos e as novidades, além de grandes descobertas no campo da fitoterapia e botânica farmacêutica, iniciado-se uma cultura tradicional e evolutiva em relação ao uso e cultivo das plantas medicinais aqui encontradas.
Há séculos, desde a chegada dos padres jesuítas e os colonos do novo mundo, essa tradição foi se concretizando e evoluindo através dos interesses por parte de estudiosos e da próprio Império implanta do nessa época, valorizando as descobertas e notificando novas espécies descobertas, implantando assim, uma caricatura e identidade próprias da nossa cultura milenar e tradicional em relação à nossa flora e fauna, abordando o uso tradicional de nossas plantas medicinais, sendo aprimorado pela cultura e conhecimento popular até aos nossos dias.
O mais relevante em relação a essa evolução, não apenas abordando os fatos históricos e evolutivos dessa tradição milenar, abordando o uso e cultivo de plantas medicinais, nós devemos enfatizar fatores primordiais relacionados a essa tradição e cultura do nosso povo, procurando valorizar intensivamente, não apenas os aspectos terapêuticos, mas principalmente, os parâmetros evolutivos , culturais e de preservação das espécies nativas, mas também, o controle da inclusão de outras espécies, dum planejamento ecológico sustentável.
Desde o princípio, o extrativismo irracional e incontrolável vem sido feito por mateiros, pela própria população interiorana, pessoas sem conhecimento técnico, sem expectativa de preservação e cultivo sustentável, colocando em risco relacionados ao extrativismo várias espécies nativas que sustentável, novas pesquisas e notificações botânicas de novas espécies com efeitos terapêuticos já comprova vêm sido extraídas sem um controle de preservação das mesmas, colocando várias espécies em risco de extinção .
Diante desse imenso potencial que a nossa flora e fauna apresentam, o uso das plantas medicinais no Brasil, é uma herança conquistada ao longo dos séculos pelos nossos ancestrais, os povos indígenas e o nosso povo desde os primórdios da colonização, sistema preservar essa cultura e criar um sistema eficaz de protecionismo, uma lei de patentes que nos dê uma autonomia de pesquisa ,de registro e autoria à níveis internacionais , garantido a patenteação, preservação e cultivo por órgãos vigentes e competentes para tal.
Portanto, os efeitos comprovados empiricamente ao longo dos anos, o cultivo racional e monitorado das plantas nativas, controle sustentável do extrativismo, evitando desequilíbrios ecológicos, até mesmo, evitando o risco de extinção das mesmas, programas científicos envolvidos, além do populismo e tradicionalismo relacionados.
Acho primordial esses parâmetros deveriam ser cada vez mais o alvo principal da nossa comunidade científica, isso gera desenvolvimento e divisas para o nosso país, onde poderemos nos tornar auto suficientes em relação à pesquisa, desenvolvimento de novos medicamentos, nos livrando do protecionismo e exploração do mercado internacional, pelas multinacionais.
Pois ainda pagamos um preço muito alto pelos medicamentos industrializados, sendo a medicina tradicional através do uso e cultivo das plantas medicinais, uma realidade que devemos acatar como uma solução eficaz, mais acessível a nossa realidade sócio-econômica, além de ser um caminho viável para o nosso Sistema Único de Saúde, beneficiando as classes menos priorizadas e todo pais quando o assunto é saúde e medicamentos, pois nem todos tem o acesso efetivo a esses recursos.
Rubens Fernando S Sene
Farmacêutico Bioquímico, especialista em Homeopatia, em Fitoterapia e em Nutrição Funcional.
Contato: rfernandosenne@gmail.com